sábado, 21 de junho de 2008
Criatividade
Você sabe o que é Parkour?
Kelly Roncato
Raymond Belle nasceu no Vietnã, antiga Indochina, era bombeiro e militar. Sem família, foi acolhido pelo exército Francês, país onde se naturalizou e passou grande parte da vida. No exército, aprendeu técnicas de salvamento que mais tarde seriam passadas a seu filho, David.
Essas técnicas consistiam em usar o corpo como ferramenta de resgate e veículo de fuga. Devido a isso, toda a área na qual o sujeito estivesse transformava-se em obstáculo: um prédio, um carro, uma pedra, um muro, um bueiro. Atravessá-los de modo eficiente e rápido era o objetivo. Do alcance dele dependiam a vida do indivíduo e de seu grupo.
No corpo de bombeiros, esse conhecimento ajudava Belle a ser altruísta e deixar toda a atenção e criatividade focadas na operação de resgate. A utilidade dos movimentos dependia também do bom condicionamento físico do bombeiro. Daí todo o cuidado para desafiar os próprios limites sem desrespeitá-los. Na década de 80, ele passou todo o conhecimento que possuía ao jovem David Belle que, acompanhado de amigos num subúrbio francês, adaptou as lições de modo a superar os limites do corpo e da mente. Nascia aí Le Parkour, ou O Percurso, prática que chegou timidamente ao Brasil na década de 90 pelas mãos do psicólogo clínico Eduardo Bittencourt.
Ele observou, pela Internet, a forma como David se locomovia pela cidade e decidiu tentar os mesmos movimentos. Hoje tem um grupo de treino e é responsável pelo site Le Parkour Brasil, ferramenta que possibilita a curiosos e adeptos do Parkour o esclarecimento de dúvidas e conhecer um pouco mais sobre o assunto.
Bittencourt explica que são treinados, geralmente, obstáculos e não percursos. “Nosso objetivo final é desenvolver uma ‘capacidade para’. Assim, o processo caminha muito nesse sentido: de adquirir e apurar cada vez mais capacidade para equilibrar-se, saltar, rolar, escalar, dependurar. Dentro disso, tudo que puder nos favorecer interessa.”
E você com isso?
Seja prática, técnica ou esporte, o Parkour pode contribuir muito para a o aprendizado de seus alunos. Quem comenta o fato é Gisele Maria Schwartz, doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano e diretora do Laboratório de Estudos do Lazer, localizado no Instituto de Biociência da Unesp de Rio Claro, interior de São Paulo. “O Parkour pode ser multidisciplinar, envolver Educação Física, Matemática, Física, Educação Artística, História e Geografia.”
Para ela, a Matemática é contemplada pelas noções espaciais e formas geométricas. A História pode estudar a evolução da técnica, o local e motivo de sua criação e a forma como foi ensinada na França do século XX.
A Geografia pode ser usada para se conhecer as semelhanças e diferenças entre o relevo da Europa e do Brasil e as diferenças de tempo, que possibilitam mais ou menos a prática diária. “Além disso, a Física pode fazer uso das noções de inércia, distância, resistência, ângulos, tempos de trajeto e força motriz.”
Gisele lembra ainda do aspecto psicológico, que se desenvolve com o aumento de auto-estima e autoconfiança por parte da pessoa que o pratica. Isso sem falar na parte motora. “O Parkour desenvolve nas crianças a noção espacial – já que conta com obstáculos e distâncias diferentes –, a coordenação motora, a flexibilidade, a força e a impulsão”, aponta a especialista.
No entanto, é preciso cuidado antes de deixar que as crianças e os adolescentes da sua escola saiam por aí saltando de muros e escalando prédios. Gisele destaca que ainda não há no Brasil um conjunto de normas de segurança para a prática do Parkour.
Também não se especifica a idade ideal para início e fim dos treinos. David Belle, em seu site (www.parkour.net), recomenda que os interessados tenham mais de 16 anos e um bom preparo físico, já que treinar os movimentos sem estar em boa forma pode causar lesões sérias ao corpo.
Ética e liderança
A pessoa que pratica Le Parkour precisa de educação corporal para superar os obstáculos. Além disso, a prática deve ser desenvolvida em grupo, e isso desperta a necessidade de um relacionamento interpessoal saudável. É preciso criar uma convivência baseada na confiança em si e no outro, pois muitas vezes é o líder do grupo – geralmente, uma pessoa que pratica a atividade há mais tempo – que mostra o caminho. Cabe aos outros descobrirem se podem segui-lo ou devem traçar a própria estrada.
Eduardo Bittencourt acredita que o Parkour é um processo íntimo, porém, compartilhado. “Assim, talvez não devêssemos falar em aula de Parkour, mas numa adaptação dele para a escola”, opina. “Antes de fazer demonstrações, o professor precisa conhecer a origem e os objetivos do Parkour, valorizar a criatividade do aluno, incentivá-lo e reforçar que em seu próprio caminho ele tem mais a ensinar e que com o outro ele tem muito a aprender.”
Qualquer ambiente, desde que seco, se torna favorável ao ensino do Parkour. Podem ser aproveitadas linhas do chão, árvores e escadas, por exemplo. O mais importante é que o professor tenha assistido a vários vídeos, testado as manobras e possa mensurar o grau de dificuldade delas antes da aula.
É importante frisar a necessidade de buscar informação em sites sérios, pois alguns praticantes desconhecem a história que deu origem ao Parkour e por isso deterioram os objetivos. Gisele Schwartz conta que algumas dessas pessoas utilizam o conhecimento para o desvio de conduta. “Podem usar a técnica para assaltar, entrar em casas, fazer arrombamentos.” E reitera: “Mas isso tem a ver com a índole de quem aprende e não com a prática em si.”
A seguir estão algumas idéias para você utilizar o Parkour como ponto de partida para aulas mais divertidas e dinâmicas:
Kelly Roncato
Raymond Belle nasceu no Vietnã, antiga Indochina, era bombeiro e militar. Sem família, foi acolhido pelo exército Francês, país onde se naturalizou e passou grande parte da vida. No exército, aprendeu técnicas de salvamento que mais tarde seriam passadas a seu filho, David.
Essas técnicas consistiam em usar o corpo como ferramenta de resgate e veículo de fuga. Devido a isso, toda a área na qual o sujeito estivesse transformava-se em obstáculo: um prédio, um carro, uma pedra, um muro, um bueiro. Atravessá-los de modo eficiente e rápido era o objetivo. Do alcance dele dependiam a vida do indivíduo e de seu grupo.
No corpo de bombeiros, esse conhecimento ajudava Belle a ser altruísta e deixar toda a atenção e criatividade focadas na operação de resgate. A utilidade dos movimentos dependia também do bom condicionamento físico do bombeiro. Daí todo o cuidado para desafiar os próprios limites sem desrespeitá-los. Na década de 80, ele passou todo o conhecimento que possuía ao jovem David Belle que, acompanhado de amigos num subúrbio francês, adaptou as lições de modo a superar os limites do corpo e da mente. Nascia aí Le Parkour, ou O Percurso, prática que chegou timidamente ao Brasil na década de 90 pelas mãos do psicólogo clínico Eduardo Bittencourt.
Ele observou, pela Internet, a forma como David se locomovia pela cidade e decidiu tentar os mesmos movimentos. Hoje tem um grupo de treino e é responsável pelo site Le Parkour Brasil, ferramenta que possibilita a curiosos e adeptos do Parkour o esclarecimento de dúvidas e conhecer um pouco mais sobre o assunto.
Bittencourt explica que são treinados, geralmente, obstáculos e não percursos. “Nosso objetivo final é desenvolver uma ‘capacidade para’. Assim, o processo caminha muito nesse sentido: de adquirir e apurar cada vez mais capacidade para equilibrar-se, saltar, rolar, escalar, dependurar. Dentro disso, tudo que puder nos favorecer interessa.”
E você com isso?
Seja prática, técnica ou esporte, o Parkour pode contribuir muito para a o aprendizado de seus alunos. Quem comenta o fato é Gisele Maria Schwartz, doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano e diretora do Laboratório de Estudos do Lazer, localizado no Instituto de Biociência da Unesp de Rio Claro, interior de São Paulo. “O Parkour pode ser multidisciplinar, envolver Educação Física, Matemática, Física, Educação Artística, História e Geografia.”
Para ela, a Matemática é contemplada pelas noções espaciais e formas geométricas. A História pode estudar a evolução da técnica, o local e motivo de sua criação e a forma como foi ensinada na França do século XX.
A Geografia pode ser usada para se conhecer as semelhanças e diferenças entre o relevo da Europa e do Brasil e as diferenças de tempo, que possibilitam mais ou menos a prática diária. “Além disso, a Física pode fazer uso das noções de inércia, distância, resistência, ângulos, tempos de trajeto e força motriz.”
Gisele lembra ainda do aspecto psicológico, que se desenvolve com o aumento de auto-estima e autoconfiança por parte da pessoa que o pratica. Isso sem falar na parte motora. “O Parkour desenvolve nas crianças a noção espacial – já que conta com obstáculos e distâncias diferentes –, a coordenação motora, a flexibilidade, a força e a impulsão”, aponta a especialista.
No entanto, é preciso cuidado antes de deixar que as crianças e os adolescentes da sua escola saiam por aí saltando de muros e escalando prédios. Gisele destaca que ainda não há no Brasil um conjunto de normas de segurança para a prática do Parkour.
Também não se especifica a idade ideal para início e fim dos treinos. David Belle, em seu site (www.parkour.net), recomenda que os interessados tenham mais de 16 anos e um bom preparo físico, já que treinar os movimentos sem estar em boa forma pode causar lesões sérias ao corpo.
Ética e liderança
A pessoa que pratica Le Parkour precisa de educação corporal para superar os obstáculos. Além disso, a prática deve ser desenvolvida em grupo, e isso desperta a necessidade de um relacionamento interpessoal saudável. É preciso criar uma convivência baseada na confiança em si e no outro, pois muitas vezes é o líder do grupo – geralmente, uma pessoa que pratica a atividade há mais tempo – que mostra o caminho. Cabe aos outros descobrirem se podem segui-lo ou devem traçar a própria estrada.
Eduardo Bittencourt acredita que o Parkour é um processo íntimo, porém, compartilhado. “Assim, talvez não devêssemos falar em aula de Parkour, mas numa adaptação dele para a escola”, opina. “Antes de fazer demonstrações, o professor precisa conhecer a origem e os objetivos do Parkour, valorizar a criatividade do aluno, incentivá-lo e reforçar que em seu próprio caminho ele tem mais a ensinar e que com o outro ele tem muito a aprender.”
Qualquer ambiente, desde que seco, se torna favorável ao ensino do Parkour. Podem ser aproveitadas linhas do chão, árvores e escadas, por exemplo. O mais importante é que o professor tenha assistido a vários vídeos, testado as manobras e possa mensurar o grau de dificuldade delas antes da aula.
É importante frisar a necessidade de buscar informação em sites sérios, pois alguns praticantes desconhecem a história que deu origem ao Parkour e por isso deterioram os objetivos. Gisele Schwartz conta que algumas dessas pessoas utilizam o conhecimento para o desvio de conduta. “Podem usar a técnica para assaltar, entrar em casas, fazer arrombamentos.” E reitera: “Mas isso tem a ver com a índole de quem aprende e não com a prática em si.”
A seguir estão algumas idéias para você utilizar o Parkour como ponto de partida para aulas mais divertidas e dinâmicas:
Física – Divida a turma em equipes e esconda um objeto em cima de uma árvore. Uma equipe precisa vencer os obstáculos para encontrá-lo, outra medirá o tempo de ação dos participantes. Depois, a turma calcula a velocidade média dos colegas e a distância entre eles e o objeto.
Matemática – Leve um vídeo de Parkour para a sala de aula. Após assistirem, os alunos deverão fazer os cálculos e descobrir de quantos graus foi o salto do atleta.
Educação Física – Ensine corrida com obstáculos e salto em distância a seus alunos. Assim, eles poderão desenvolver a coordenação motora e a força.
Educação Artística – Leve fotos de praticantes do Parkour para seus alunos. A idéia é eles prestarem atenção aos contornos da arquitetura e da natureza nas paisagens onde o atleta estiver. Se possível, solicite que façam um desenho ou uma pintura semelhante.
Inglês – Peça que seus alunos entrem na página oficial de David Belle e façam uma pesquisa sobre a prática em Língua Inglesa. Depois, é só traduzir para o Português, e vice-versa.
História – Contextualize o Parkour, da época de sua criação aos tempos atuais. Descubra com seus alunos de onde ele surgiu, quem o adaptou, qual foi a guerra na qual esse tipo de atividade ganhou importância e qual é a filosofia desse trabalho.
Geografia – Destaque os relevos nos quais a prática é possível. Explique para seus alunos a importância de o local ser seco, mas ter uma umidade significativa para permitir as performances, etc.
Você sabe ensinar o que é península?
Sérgio Luís Domingues
Sérgio Luís Domingues
Durante todo o primeiro ano do ensino de geografia, na minha longínqua quinta série, uma pergunta pairou no ar: o que será península? As explicações dadas pela professora não eram claras e consegui passar pelas avaliações daquele ano sem que a pergunta estivesse na prova. Resultado: passei de ano sem saber o que era península.
O tempo foi passando e, à medida que progredia nos estudos, já tinha a compreensão do que era a tal península. Mas, somente muitos anos mais tarde, assistindo a uma aula do professor Papau (atualmente apresentador do programa SBT Rural), no antigo programa Vestibulando da TV Cultura de São Paulo, tive a explicação que deveria ter sido dada em sala de aula há anos.
Pela televisão aprendi que península “é um braço de terra que avança para o mar”. Na mesma hora pensei: tão fácil de explicar e a professora enrolou um tempão. Mais tarde percebi que faltou didática a minha professora de Geografia da quinta série.
Aprender a ensinar
Naquele momento, decidi que quando fosse explicar alguma coisa a alguém iria me esforçar para ser didático. Mais tarde, ao tomar conhecimento da obra de Paulo Freire, aprendi que “ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou sua construção”. Esse conceito, amplo e profundo, remete a outro pensamento também de Freire: “não há docência sem discência. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.
Assim, munido dessas máximas do nosso mais ilustre educador, tento a cada nova palestra ser o mais didático possível para que os ensinamentos possam ser aprendidos, assimilados e não somente ouvidos.
Construção do conhecimento
Recentemente, explicando o conceito de inconsciente a uma turma de graduação em Publicidade e Propaganda, apaguei as luzes da sala e acendi uma lanterna. Disse a eles que o facho de luz era o nosso consciente e as pessoas que haviam ficado no escuro representavam o inconsciente; apesar de estarem fora da luz, não significava que não existissem e que não estivessem presentes.
Ao ser didático, estamos deixando de lado a ênfase no ensino para nos dedicarmos à ênfase na aprendizagem. E essa é uma opção apenas dos educadores progressistas, preocupados com a prática de uma educação para a mudança, para a verdadeira construção do conhecimento do aluno.
E quando nos preocupamos com o crescimento do próximo, nos engrandecemos, nos iluminamos e nos tornamos mais humanos e o aluno aprende o conteúdo porque sente prazer em aprender. O ato de educar dessa maneira é um ato de amor e o professor quando educa com amor torna-se um ser maior.
Google Earth nas aulas de geografia
Dicas
A experiência de conhecer as maravilhas do Google Earth me fez lembrar o tempo que eu perdia com atividades insignificantes nas aulas de geografia da escola.
Quem passou boa parte das aulas de geografia copiando mapas no papel vegetal?
E quem ousou perguntar para o professor porque tantas cópias? Eu fiz isso e descobri que a "boa intenção" dos meus professores era que eu aprendesse geografia, localizasse melhor as cidades, países, etc... Convincente não?
Uma vez eu só lembrei que tinha uma tarefa dessas para realizar bem na hora da janta no restaurante... Não tive dúvidas: recortei um pedaço do forro da mesa, pois achei que aquele papel vegetal era "quase igual" ao vendido na papelaria e portanto serviria. No dia seguinte entreguei o mapa feito as pressas e naquele papel duro... Tirei um 0 do tamanho da folha...
Pior ainda era quando o professor da escola primária pedia para desenhar o caminho da escola até a nossa casa... além de ser super complexo, pois provavelmente nem eles saberiam fazer isso, não tinham como nos avaliar... a não ser que resolvessem fazer uma visitinha a cada um de seus alunos levando caderno e lápis.
Agora temos uma grande novidade, que naturalmente já nos deixa fascinado e instigados em querer localizar nossa casa, os lugares que gostamos e até mesmo aprender um pouco mais sobre o universo em que vivemos: o Google Earth.
O Google Earth permite localizar qualquer lugar do mundo, por meio de imagens de satélite. Algumas cidades ainda não estão disponíveis ou apresentam resolução ruim, mas para quem mora em São Paulo, é simplesmente fantástico. Minha primeira experiência foi "sobrevoar" o caminho da minha casa até a USP.
Uma pena é que para instalar o software a máquina precisa ser no mínimo um Pentium III com 256 de RAM, ou superior. Caso contrário, uma outra possibilidade é utilizar a navegação direta pelo site, que também não deixa de ser interessante: http://maps.google.com
Para quem tem uma boa máquina, poderá usufruir de todos os recursos e ainda ver o nosso globo em 3D.
Saiba mais:
Possibilidades pedagógicas do Google Earth
Google Earth na Wikipedia
Dicas e instalação do Google Earth
Por: Mary Grace Martins, em 23/07/2005
http://www.vivenciapedagogica.com.br/?q=google_earth
Dicas
A experiência de conhecer as maravilhas do Google Earth me fez lembrar o tempo que eu perdia com atividades insignificantes nas aulas de geografia da escola.
Quem passou boa parte das aulas de geografia copiando mapas no papel vegetal?
E quem ousou perguntar para o professor porque tantas cópias? Eu fiz isso e descobri que a "boa intenção" dos meus professores era que eu aprendesse geografia, localizasse melhor as cidades, países, etc... Convincente não?
Uma vez eu só lembrei que tinha uma tarefa dessas para realizar bem na hora da janta no restaurante... Não tive dúvidas: recortei um pedaço do forro da mesa, pois achei que aquele papel vegetal era "quase igual" ao vendido na papelaria e portanto serviria. No dia seguinte entreguei o mapa feito as pressas e naquele papel duro... Tirei um 0 do tamanho da folha...
Pior ainda era quando o professor da escola primária pedia para desenhar o caminho da escola até a nossa casa... além de ser super complexo, pois provavelmente nem eles saberiam fazer isso, não tinham como nos avaliar... a não ser que resolvessem fazer uma visitinha a cada um de seus alunos levando caderno e lápis.
Agora temos uma grande novidade, que naturalmente já nos deixa fascinado e instigados em querer localizar nossa casa, os lugares que gostamos e até mesmo aprender um pouco mais sobre o universo em que vivemos: o Google Earth.
O Google Earth permite localizar qualquer lugar do mundo, por meio de imagens de satélite. Algumas cidades ainda não estão disponíveis ou apresentam resolução ruim, mas para quem mora em São Paulo, é simplesmente fantástico. Minha primeira experiência foi "sobrevoar" o caminho da minha casa até a USP.
Uma pena é que para instalar o software a máquina precisa ser no mínimo um Pentium III com 256 de RAM, ou superior. Caso contrário, uma outra possibilidade é utilizar a navegação direta pelo site, que também não deixa de ser interessante: http://maps.google.com
Para quem tem uma boa máquina, poderá usufruir de todos os recursos e ainda ver o nosso globo em 3D.
Saiba mais:
Possibilidades pedagógicas do Google Earth
Google Earth na Wikipedia
Dicas e instalação do Google Earth
Por: Mary Grace Martins, em 23/07/2005
Ensinando com a Internet
Aprenda a lidar com uma das ferramentas que podem fazer a diferença na sua aula
Caroline Costa
O mundo de hoje gira em torno da tecnologia. Por isso, a necessidade de os professores se aperfeiçoarem e aprenderem a utilizar outros meios de ensino em suas aulas para deixá-las mais dinâmicas e interessantes é de extrema importância. A internet, mesmo parecendo vilã, pode se tornar uma grande aliada na relação professor-aluno.
Aprenda a lidar com uma das ferramentas que podem fazer a diferença na sua aula
Caroline Costa
O mundo de hoje gira em torno da tecnologia. Por isso, a necessidade de os professores se aperfeiçoarem e aprenderem a utilizar outros meios de ensino em suas aulas para deixá-las mais dinâmicas e interessantes é de extrema importância. A internet, mesmo parecendo vilã, pode se tornar uma grande aliada na relação professor-aluno.
Prós e contras
Algumas vezes, a internet ''facilita'' a vida dos estudantes. Para eles, fazer um trabalho não é mais aquele bicho de sete cabeças, afinal, basta pesquisar em qualquer site de busca que encontram inúmeros trabalhos prontos, usar aquele famoso comando "crtl+c" "crtl+v" (copiar e colar) e, como num passe de mágica, eles têm em mãos um trabalho prontinho em questão de segundos, sem o mínimo esforço, precisando apenas imprimir e entregar. Essa é uma das desvantagens da internet para os professores, principalmente para aqueles que não têm intimidade nenhuma com o computador. Mas como diz o ditado "se não pode com o inimigo, una-se a ele" e para tornar a internet uma aliada nas aulas é preciso aprender a usá-la. Aí então ela poderá proporcionar infinitos recursos para que os professores a utilizem em seu dia-a-dia, como fóruns, blogs, flogs, sites, e-mails, chats, enfim, tudo pode ser de grande valia.
O primeiro passo é ter seu próprio correio eletrônico, o famoso ''e-mail'', para se corresponder com seus alunos. Desenvolver uma página pessoal um site é um grande avanço para se aproximar deles. Nela o professor poderá relacionar os trabalhos que serão pedidos durante o ano letivo, os conteúdos que serão abordados, receber comentários, montar enquetes, etc. Criar blogs e flogs onde os estudantes possam "postar" mensagens sobre um determinado assunto é uma forma de aproximá-los ao conteúdo à maneira deles. O professor pode também participar do Orkut (www.orkut.com), que é a nova onda da internet, criar uma comunidade, participar de outras, entrar em discussões e, certamente, aprender muito com tudo isso. Mas estar por dentro do que está acontecendo na grande rede mundial de computadores não é tudo. Utilizar os recursos dela da melhor maneira é o mais importante.
São várias as atividades que o professor poderá realizar utilizando-se do que ela oferece.
Veja como:
- Verifique se todos os alunos possuem e-mail. Se não, criar um endereço eletrônico, afinal, é de graça. A partir daí, professores e alunos podem manter contato através dessa ferramenta.
- Troque e-mails com outros educadores; realize atividades com outras cidades e até mesmo com um outro país para conhecer a cultura, as tradições, a geografia, etc. Essa é uma forma de explorar a internet. Existem muitos sites criados especialmente para professores e lá você pode se corresponder com profissionais de todo Brasil e até mesmo do mundo, realizando uma atividade riquíssima envolvendo a turma toda, de uma forma dinâmica e prazerosa.
- Convide um profissional especializado para dar uma palestra e mostrar aos alunos como desenvolver um site.
- Ao invés de pedir um trabalho impresso, sugira que os alunos construam uma página (site) com o conteúdo estudado. Depois pode dizer a eles que, criando uma página, outros estudantes poderão consultá-la como fonte de pesquisa.
- Faça um site para a turma com sugestões de leituras, vídeos, peças teatrais e o que mais for interessante, mas sempre interagindo com os alunos, pedindo que eles também deixem suas sugestões.
- Desenvolva fóruns de discussões sobre algum tema utilizando um blog. Pode ser sobre um livro, uma polêmica, um assunto da cidade em que vive, algum assunto atual que seja manchete na TV, rádio e jornais. Deixe que os estudantes troquem informações entre si.
- Utilize assuntos do momento, não os deixando passar despercebidos por não estarem dentro do planejamento. A internet proporciona informações em tempo real, propiciando condições para o professor ficar atualizado sobre o que acontece no mundo todo.
- Crie uma comunidade no Orkut sobre a disciplina que leciona. Essa é uma oportunidade de conhecer outros profissionais que atuam na sua área para trocar experiências e informações.
São inúmeras as atividades que o professor pode realizar com a internet, mas como cada conteúdo possui necessidades diferentes é impossível listar tudo o que se pode fazer de um modo geral. Para desenvolver um bom trabalho utilizando essa rede de contatos, é fundamental saber manipulá-la, conhecer seus prós e contras e dominá-la, para depois inovar, inventar, criar atividades e interligar as ferramentas com o conteúdo da maneira correta. Esse é o primeiro passo para conseguir incorporar a internet em suas aulas. Rejeitar as novas tendências tecnológicas é ficar para trás, defasado, atrasado e, por esse motivo, o professor deve se conectar a essa realidade, que já faz parte da rotina dos alunos.
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