quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Editor de Apresentações
O GoogleDocs já era utilizado para edição de textos e planilhas on-line de forma colaborativa.
Agora podemos publicar Power Point produzido com o Office da Microsoft e disponibilizar para a colaboração, ou até mesmo iniciar a produção de slides diretamente da Web.
Uma possibilidade interesssante acrescentada é o recurso de chat. Agora é possível compartilhar a apresentação e agendar um "evento" para discuti-la com outros interessados.
É mais um recurso que não foi criado exatamente para o contexto educacional, mas que pode ser utilizado desta forma.http://www.vivenciapedagogica.com.br/dicas.html
domingo, 16 de dezembro de 2007
sábado, 15 de dezembro de 2007
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Entrevista com Fernando Hernández
Tem 50 anos e há 20 se dedica a lutar pela inserção dos projetos de trabalho na escola
Pesquisar para aprender
Educador espanhol explica como trabalhar a aprendizagem utilizando projetos
Cristiane Marangon
NOVA ESCOLA – Como surgiu seu trabalho com projetos?
Fernando Hernández - Tudo começou em 1982, quando estava trabalhando no Instituto de Educação da Universidade de Barcelona e uma colega me apresentou a um grupo de mestres que lecionavam para crianças entre oito e dez anos de idade. Eles tinham uma dúvida que era saber se a escola estava ensinando a estabelecer relações, ou seja, a globalizar. Trabalhei com toda a escola durante cinco anos e, como resposta a essa inquietação, decidimos organizar o currículo de outra maneira. Por pesquisa de projetos de trabalho.
NE - Qual a diferença entre projetos de trabalho e pedagogia de projetos?
Hernández – A diferença fundamental é, em primeiro lugar, o contexto histórico. A pedagogia de projetos surge nos anos 1920 e projeto de trabalho surge nos anos 1980. Além disso, os princípios são diferentes. A pedagogia de projetos trabalhava um modelo fordista, que preparava as crianças apenas para o trabalho em uma fábrica, sem incorporar aspectos da realidade cotidiana dentro da escola. Os projetos de trabalho tentam uma aproximação da escola com o aluno e se vinculam muito à pesquisa sobre algo emergente. Eu não digo que uma coisa é melhor que outra e sim que são diferentes. É importante que isso fique claro.
NE – O professor que está em sala de aula lê a teoria, escuta em congressos e encontros e não sabe como fazer. Embora não exista uma receita, quais são os elementos principais de um projeto?
Hernández – Antes de falar sobre isso, há uma coisa muito importante. O trabalho do docente é solitário e uma das coisas que aprendi nessa experiência foi que a gente tem de compartilhar. Quando comecei a trabalhar com projetos nas escolas e surgia uma questão emergente em sala de aula, esse assunto pertencia à escola e não se restringia a um único educador. Eu me lembro de estar na sala dos professores, na hora do café, vendo os docentes discutindo uma proposta, expondo idéias e sugestões e, dessa maneira, todo mundo se envolvia no processo. O professor nunca estava sozinho.
NE – O professor se comporta assim por um problema de formação?
Hernández – Não, por um problema de postura mesmo. Por exemplo, se eu não sei alguma coisa, devo perguntar a você para que nós possamos encontrar respostas. O professor trabalha em uma organização que deve fazer trocas e não é só do educador para a sua turma e sim com toda a escola. Essa é uma mudança importante e fundamental.
NE – E quantos aos passos necessários para desenvolver um projeto?
Hernández – Para mim há uma série de condições e não uma série de passos. O livro “Organização do Currículo por Meio de Projetos” fala em passos porque no momento em que foi escrito era importante abordar o tema dessa maneira. Hoje, penso que é uma questão de opção educativa. Em primeiro lugar, é necessário que se tenha um problema para iniciar uma pesquisa. Pode ser sobre uma inquietação ou sobre uma posição a respeito do mundo. A partir daí, é importante trabalhar as maneiras de olhar o mundo que são diversas. Mas não interessa só localizá-las e sim entender o significado delas. O resultado é que se constrói uma situação de aprendizagem em que os próprios estudantes começam a participar do processo de criação, pois buscam resposta às suas dúvidas. Isso é o projeto de trabalho.
NE – Esses problemas devem ser apontados por quem? Professores ou alunos?
Hernández – Isso é acidental. O docente tem a capacidade de escutar o que está acontecendo dentro e fora da sala de aula, mas o problema pode sair de uma questão que as crianças levem para a escola ou ser um tema emergente na imprensa. O importante é fazer algo que desperte o interesse deles e nunca o que eles gostem. Se fosse o caso, bastava colocar uma televisão com desenhos animados na sala de aula.
NE - Um projeto didático tem de ser interdisciplinar ou o professor pode focar uma única disciplina?
Hernández – Se o docente tem uma concepção disciplinar e está ensinando Matemática, por exemplo, ele pode ensinar isso como um projeto. Pode também ensinar Língua Portuguesa. Projeto de trabalho não é uma fórmula e sim uma concepção de educação. O que temos de questionar é por que ensinamos essas disciplinas. Por que, dos 6 mil campos de estudos que existem, ensinamos apenas oito? Por que não ensinamos Antropologia, Cosmologia, Sociologia, Economia? Ensinamos as mesmas desde o final do século 19. Hoje sabemos que 80% das coisas que aprendemos na escola não nos servem. Não dão sentido ao mundo em que vivemos, não nos disciplinam, não nos socializam. Quando eu morava aqui no Brasil, fiz uma organização do currículo a partir de 12 problemas. Não me preocupei com disciplinas, pensei apenas nos problemas. Vida, morte, ser humano, cosmos, origem da vida, são alguns deles.
NE - É possível ensinar tudo por meio de projetos?
Hernández – Não é possível ensinar tudo por meio de projetos porque há muitas maneiras de aprender. Projeto é uma concepção de como se trabalha a partir de pesquisa. É bom e é necessário que os estudantes se encontrem com diferentes situações para aprender. Todas as coisas que se podem ensinar por meio de projetos começam de uma dúvida inicial. Nem tudo pode ser ensinado mediante projetos, mas tudo pode se ensinar como um projeto.
NE –Por que existe essa preocupação em reformar a escola? Tem a ver com o excesso de informações do mundo moderno?
Hernández – A escola, como toda instituição social, tem de dialogar com as coisas que estão acontecendo. O mundo atual não é igual àquele de quando nós ou nossos pais freqüentaram a escola, portando os processos de globalização da informação e comunicação implicam que a escola reflita sobre sua função e seus objetivos. A escola tem de ser uma instituição que pensa constantemente nos saberes do passado que precisam ser recuperados, resgatados e conservados, além de agregar o presente.
NE - O senhor tem alguma sugestão sobre as reformas educacionais brasileiras?
Hernández – Há reformas que são pensadas fora da prática. Um elemento importante são as crianças. Elas nunca estão implicadas nos processos de reforma. Muita reforma fracassa por causa disso. Hoje há muitos informes e reportagens sobre as direções da educação. Na minha opinião, a prioridade é a reforma estrutural e o Brasil tem uma grande vantagem em relação a outros países que é a possibilidade dos municípios desenvolver sua própria reforma. Isso é muito interessante.
NE – Na introdução do seu livro “Transgressão e Mudança na Educação”, o senhor afirma que não é possível recriar a escola se não se modificam o reconhecimento e as condições de trabalho dos professores. Esse é o primeiro passo para começar uma reforma no ensino? Melhores salários, recompensas etc.?
Hernández – Um educador que tem de trabalhar em três turnos não tem tempo para se formar, se comunicar com os colegas, de preparar uma aula, de se cuidar, enfim, se as pessoas não têm condições de desenvolver um trabalho diferente, não dá para mudar a educação. Não podemos colocar todos os problemas da escola sobre os docentes. Temos que distribuir os pesos.
NE – O senhor acha que os projetos são melhor desenvolvidos no sistema de ciclos?
Hernández – Penso que não é essa a questão. Esse é um outro debate, outra discussão. O problema, aqui no Brasil, é que se leva em conta que não há a reprovação no sistema de ciclos. Não é nada disso. A idéia principal é que o aluno, no sistema de ciclos, não tem sua aprendizagem fechada, ou seja, para adquirir certos conhecimentos ele pode necessitar ou não de mais tempo. O que acontece é que a escola está muito fechada na idéia de que tem de trabalhar idade e série. Essa é uma concepção do século 17. A idéia de ciclo é muito mais dinâmica e aberta. Eu acho que a reação aos ciclos no Brasil é mais por um problema de compreensão. Uma criança que não é avaliada positivamente dentro de uma série não precisa ser necessariamente reprovada. Os ciclos são apenas uma estrutura de aprendizagem.
NE – E como fazer com uma criança que chega ao final dos ciclos sem saber ler?
Hernández – Isso não é um problema dos ciclos e sim da escola. Se durante quatro ou cinco anos o professor não ensina a ler, a responsável por isso é a escola. A reprovação não é um fracasso da criança e sim da escola.
NE - É possível vislumbrar uma visão positiva da educação do Brasil com a nossa realidade?
Hernández – O Brasil é um dos países do mundo que eu conheço em que os educadores vibram mais. Eles são apaixonados, preocupados, comprometidos. Esse é um capital que o país tem e não pode ser desperdiçado. Outra questão interessante é que o professor tem desejo de aprender e vontade de se comprometer com sua aprendizagem. Eu conheço poucos em outros países que não têm dinheiro e mesmo assim se reúnem em grupo para comprar um livro e aprender conjuntamente. Isso é maravilhoso.
domingo, 9 de dezembro de 2007
sábado, 1 de dezembro de 2007
Dicas sobre tecnologia
Para os pais
Observe como seu filho interage com os jogos digitais, quais são seus preferidos, quanto tempo e em que momentos ele joga, se o faz sozinho ou com colegas (pessoalmente ou virtualmente), em casa ou em lan houses. Assim, fica mais fácil entender o que representam os jogos para ele.
Proponha participar dos jogos.
Negocie horários de uso do computador. Para saber se o combinado está funcionando, verifique se os compromissos escolares estão sendo cumpridos.
Peça para ver os registros de seu filho na internet, como página no Orkut ou os contatos no MSN. Não acesse essas ferramentas às escondidas.
Não invoque perigos que não existem. Explique, por exemplo, o que realmente pode acontecer se ele abrir um e-mail estranho, que pode conter vírus.
Se não quiser que seu filho acesse sites que considera impróprios, instale um filtro no computador.
Para os Professores
Conheça a cultura televisivo-digital de seus alunos: o que eles gostam de ver na TV e usar na internet, como jogos e comunidades.
Faça um debate com os que já utilizam canais de comunicação, como o MSN: discuta as palavras que eles usam para se comunicar e compare com a linguagem culta.
Promova dias ou momentos de jogos coletivos na internet. Utilize os que provocam a interação, envolvem conhecimentos gerais e específicos de disciplinas da escola (Matemática, História) e estimulam estratégias, desafios e raciocínio lógico.
Crie uma comunidade da escola no Orkut, com a participação dos estudantes e autorização da direção. O debate em torno da criação da comunidade, de seus objetivos e regras pode enriquecer o aprendizado. Lembre que essa iniciativa envolve riscos e responsabilidades, pois trata-se de um espaço livre, onde qualquer um pode entrar e escrever o que quiser. Deixe claro que, assim como na vida real, na virtual também não podemos ofender, caluniar ou injuriar ninguém.
Estimule a troca de opiniões por meio de outras ferramentas, como os blogs.
http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0195/aberto/mt_161219.shtml#topo
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
sábado, 24 de novembro de 2007
Educação que Desejamos: Novos Desafios e como Chegar Lá, A
JOSE MANOEL MORAN
INTRODUÇÃO 1.
A EDUCAÇÃO ESTÁ MUDANDO RADICALMENTE 2.
BASES PARA UMA EDUCAÇÃO INOVADORA 3.
NOVOS DESAFIOS PARA O EDUCADOR 4.
TECNOLOGIAS NO ENSINO E APRENDIZAGEM INOVADORES 5.
MUDANÇAS NA EDUCAÇÃO COM AS TECNOLOGIAS 6.
PARA ONDE CAMINHAMOS NA EDUCAÇÃO E COMO CHEGAR LÁ CONCLUSÃO
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Às vezes, ouve-se perguntar: "Mas o que se faz numa sala de aula com vinte e tal alunos poucos computador?". A resposta é: "Muita coisa".
Penso que os problemas que se podem colocar ao professor têm essencialmente a ver com formas de gestão e de organização do trabalho na turma.
QUEM UTILIZA?
Conversar com os alunos e combinar uma escala de utilização do computador (de preferência aos pares) pode ser o primeiro passo.
Mas também pode não existir uma ordem de utilização pré-estabelecida (utiliza quem quer, se o computador estiver disponível) e haver um registo da frequência dessa utilização numa folha pendurada no placard (no caso de, num determinado momento, haver vários candidatos para trabalhar no computador, a consulta da folha de registo pode ajudar a resolver a questão).
QUANDO?
Em que momentos da aula se pode utilizar o computador? O computador é logo ligado no início da aula? Por quem? Há um responsável por esta tarefa? Está sempre disponível, mesmo durante os momentos de trabalho colectivo da turma? Só pode ser utilizado durante os momentos de trabalho individual?
A clarificação destas e de outras questões poderá ajudar a criar na sala de aula rotinas de trabalho facilitadoras da integração do computador no trabalho diário.
PARA FAZER O QUÊ?
Na minha perspectiva, a utilização do computador na sala de aula faz sentido para apoiar a realização do trabalho nas várias áreas curriculares, tanto ao nível de projectos individuais como colectivos.
Escrever uma história, um relato de uma visita de estudo ou de uma experiência, uma carta ou e-mail, uma notícia para o jornal ou blogue da turma, realizar pesquisas na Internet (se existir ligação na sala de aula), preparar a apresentação de um projecto de estudo, explorar software educativo sobre um determinado tópico, construir tabelas e gráficos, desenhar, inserir e modificar imagens em documentos de trabalho... são exemplos das múltiplas actividades que podem ser realizadas pelos alunos utilizando um computador na sala de aula.
Penso que o fundamental é fazer com que as actividades realizadas com o computador tenham significado para a vida da turma enquanto espaço de aprendizagem, de produção e de partilha de conhecimentos.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
terça-feira, 23 de outubro de 2007
sábado, 20 de outubro de 2007
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
PROBLEMAS AGENTES RESPONSÁVEIS
Não posso respirar
Não posso mais nadar
O verde onde é que está
Nem o Chico Mendes sobreviveu
6) Quem foi Chico Mendes?
Coloque os alunos para pensar na música “Carne e Osso” ( da Zélia Duncan e Moska ).
Veja se consegue a música para tocar. Vamos à letra ?
E eu gosto
Perfeição demais
Publicado no portal Daniela Bertocchi
Em entrevista ao EducaRede, o professor José Armando Valente orienta educadores de escolas públicas e privadas que estão dando seus primeiros passos na área de informática e educação.
Valente é mestre e doutor em Educação e Bioengenharia, professor do Departamento de Multimeios do Instituto de Artes da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e especialista em ambientes virtuais de aprendizagem. Nesta entrevista, o professor enfatiza as vantagens dos cursos on line a distância. Confira:
EducaRede -Qual conselho o senhor oferece aos educadores que já dispõem de salas informatizadas, mas que ainda não sabem como e por onde começar a usar o computador com seus alunos?
José Armando Valente - Creio que esses educadores devam começar com projetos simples. Podem iniciar com uma atividade que envolva um software comum, como o Word ou o Paintbrush, por exemplo. Podem também incentivar seus alunos a navegarem pela Internet buscando informação para ser utilizada em um projeto que pode ou não envolver o uso do computador. Porém, essa informação deve ter um propósito específico, de acordo com objetivos pedagógicos. A idéia é que o professor vá se familiarizando com o mundo da informática: experimentando, testando, errando, aprendendo e percebendo, aos poucos, como ele e seus alunos usam os recursos da informática.
EducaRede - O senhor indica algum site que apresente projetos nessa linha ?
José Armando Valente - Existem inúmeros sites dessa natureza e o difícil não é encontrá-los. Por exemplo, praticamente todos os Portais Educacionais indicam projetos que podem ser realizados ou exemplos de projetos desenvolvidos por estudantes. O problema está em não copiar simplesmente uma certa idéia, porém procurar desenvolver algo com o aluno, no contexto da sala de aula do professor. É importante que o projeto tenha uma forte relação com o aluno e com o professor. O educador que está nesse estágio de iniciante na informática deve se preocupar em desenvolver atividades simples e que estejam de acordo com sua realidade e objetivos.
EducaRede -E aconselha o uso de softwares ou ferramentas específicas?
José Armando Valente - Sim, mas a maior parte dos bons softwares que podem ser baixados gratuitamente pela Web são estrangeiros e, portanto, o educador precisaria dominar um pouco um outro idioma. Posso indicar o Crocodile, que desenvolve softwares gratuitos de simulação nas áreas de Matemática, Ciências e Tecnologia nas escolas. Aconselho a participação em fóruns e listas de discussão, como os existentes em Portais Educacionais. Sobre os chats, creio que devem ser trabalhados com parcimônia. A melhor sugestão que posso dar é que esses professores realmente interessados procurem os Portais Educacionais existentes na Internet e tente explorá-los, mesmo se for para criticá-los. E se possível participar de algum curso de Educação a Distância (EAD).
EducaRede -Quais cursos de EAD pela Internet são adequados a esses educadores?
José Armando Valente - Os professores devem procurar cursos que primem pela interação. Cursos a distância que apenas enviam material pela Internet exige um alto grau de motivação. O índice de desistência desses cursos é alto e isso acontece porque as pessoas se frustram, uma vez que não têm com quem trocar idéias. No caso das propostas que investem na participação intensa de professores e alunos esse índice de desistência é baixo. Cursos de curta duração, com 120 ou 200 horas, podem contemplar uma série de necessidades. Temos uma boa experiência nesse sentido com o Programa de Informática na Educação Especial, o Proinesp. Com o curso a distância, o professor aprende a usar essas ferramentas: fórum, chat, e-mail e a se familiarizar com recursos importantes de educação continuada.
EducaRede -Além de cursos, que livros ou sites o senhor indica para esses educadores?
José Armando Valente - Professores com esse perfil podem se aprofundar com uma série de livros e artigos que estão on line no site do Nied ou no site do Projeto OEA. Aconselho ainda que visitem as páginas do ProInfo, Laboratório de Estudos Cognitivos da UFRGS, Prossiga e Proinesp.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Kit de Sobrevivência
Kit de Sobrevivência da Era da Informação
*Lúcio de Andrade Fonseca
Perdido na selva? Como ajuda ter um facão, um cantil e uma dose de soro antiofídico!... Mas, se você se sente meio perdido é no meio de tanta informação e de tanta inovação, são outras as ferramentas necessárias para enfrentar os novos desafios que permeiam os nossos tempos. A sociedade em que vivemos se caracteriza por produzir e consumir informação, em quantidades cada vez mais crescentes. A cada três ou quatro anos, dobra a quantidade de conhecimento produzida pela humanidade e grande parte desse conhecimento, se antes nos chegava basicamente através de livros, jornais e revistas, é disponibilizada agora por meios bastante diferentes, dentre os quais se destacam os softwares multimídia, a Internet e arquivos digitais em geral. Dominar as formas de produção e acesso a esses meios é condição mínima de sobrevivência, se não física, pelo menos profissional, já que o conhecimento é hoje o grande gerador de riqueza, como já havia sido a terra, na sociedade agrária, o capital e o trabalho, na sociedade industrial.
Os dados são a matéria prima da informação, que é a matéria prima do conhecimento. Ser capaz de encontrar e acessar dados, transformá-los em informação e, em seguida, em conhecimento são competências básicas exigidas do cidadão de hoje. Para sobreviver na imensa e crescente selva de dados, algumas ferramentas novas são indispensáveis, e o manuseio da maioria delas requer alguma habilidade de uso do computador:
• saber processar textos - é claro que ainda dá para escrever à mão ou numa máquina de escrever, mas, se você deseja que a informação que produziu atinja um grande número de pessoas num tempo curto e a custo baixo, ela deverá ser digitalizada; por que não fazê-lo diretamente?
• saber preparar uma apresentação multimídia - muitas vezes, temos a necessidade de transmitir a outros nossas idéias e de convencê-los da importância delas; qualquer profissional de uma boa empresa ou de uma boa escola sabe o quanto ajuda uma apresentação multimídia; os muitos meios de comunicação, concentrados, atingem os muitos sentidos das pessoas, facilitando a retenção e a compra das idéias; importante: uma apresentação sofisticada não valida um conteúdo pobre;
• saber preparar e interpretar uma planilha eletrônica – uma planilha é uma ótima forma de apresentar dados; a facilidade para transformar as tabelas em gráficos simplifica em muito o trabalho de transformação dos dados em informação;
• saber buscar informações na Internet – a Internet é uma imensa biblioteca, sem a bibliotecária; quantas vezes sabemos o que queremos, mas não sabemos onde achar; é aí que saber usar os mecanismos de busca – Miner, Altavista, Google e tantos outros – pode fazer toda a diferença;
• saber colocar informações na Internet – para que o mundo ou apenas seus amigos saibam o que você sabe, é preciso colocar suas informações num meio acessível universalmente; e não é preciso ser expert na produção de homepages, pois há muitas opções semi-prontas, que te permitem, em minutos, ter seu próprio site; experimente a seção Grupos & Bate-Papo em MSN, onde você pode criar uma verdadeira comunidade virtual em não mais que 5 minutos; ou o Hpg, para criar sua homepage em instantes;
• saber comunicar-se à distância (sem telefone): o e-mail (comunicação assíncrona), o chat e os Instant Messengers (comunicação síncrona) são poderosas ferramentas de comunicação; dominá-las é poder falar, literalmente, com quem você desejar, em qualquer lugar do mundo, instantaneamente;
• dominar uma língua universal: a informação mais atual está na Internet; 78% dessa informação está apenas em língua inglesa (em Português estão apenas 0,8% a 1,2%); conhecimentos mínimos de leitura em Inglês já aumentam dramaticamente as possibilidades de acesso à informação; desconhecimento da língua inglesa é fator de exclusão informacional, uma doença mortal na Sociedade do Conhecimento; um paliativo: aprender a usar softwares de tradução (Delta Translator, Translator Pro, etc) ou os tradutores instantâneos, associados a serviços e portais da Internet, como os próprios mecanismos de buscas.
Importante:
já foi o tempo em que, para se usar um computador, era preciso antes fazer cursos de Windows, Word, Excel, etc. Hoje, está mais que comprovado que se aprende a usar o computador usando-o, como ferramenta para execução do trabalho que for necessário; da mesma forma que se aprende a dirigir um veículo dirigindo (ou alguém acha que, antes de aprender a dirigir, é preciso decorar todo o Manual do Proprietário e saber todos os nomes e funções de cada uma das partes que compõem o motor?). O que é necessário é apenas uma orientação inicial: como ligar, como entrar nos programas, como salvar, etc. O resto se aprende "just-in-time", ou seja, na medida em que for surgindo a necessidade ou a curiosidade.
Portanto, é preciso esquecer tudo o que se pensa que é um computador e compreender que ele é apenas mais um instrumento de trabalho, que conjuga vários já nossos velhos conhecidos:
É um caderno de redação, quando precisamos escrever;
Um álbum de fotografias, quando precisamos guardar e exibir nossas fotos;
Uma calculadora, quando precisamos calcular;
Um livro, quando precisamos ler textos e ver imagens; e assim por diante.
Não pretendo, com estas reflexões, apenas alertar quem está no ambiente de trabalho para a necessidade vital de apropriar-se dessas ferramentas. Trata-se de sinalizar para os novos requisitos para o que se poderia chamar de cidadania global: ser cidadão numa sociedade globalizada e tecnológica implica dominar seus códigos e instrumentos de linguagem, que são diferentes hoje dos que usamos no passado (em verdade , apenas na superfície, pois, na essência, o que existe é a boa e velha necessidade de comunicação e informação). A boa notícia é que dominar essas ferramentas é cada vez mais fácil, não se justificando mais a "fobia digital" ou o dispêndio de meses procurando entender como funciona o computador.
Usar e estimular os profissionais da escola a utilizarem naturalmente as ferramentas tecnológicas, em seu trabalho administrativo e pedagógico, é criar um ambiente sintonizado com a vida real e mais propício para que nossos alunos se apropriem também do seu indispensável kit de sobrevivência na Sociedade da Informação.
http://www.netkids.com.br/v3.0/files/institucional/
* O Professor Lúcio de Andrade Fonseca é Consultor Educacional, especialista em Tecnologia Aplicada à Educação e palestrante em Congressos e Seminários realizados no Brasil e no exterior. E:mail: professor@luciofonseca.com.br
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Brasílio Neto Manter um aluno por dois, três anos é relativamente fácil, com as dificuldades de se mudar de escola: o estudante tem de adaptar-se a um currículo totalmente novo, novas regras, etc.O problema é que essa tática não garante que os parentes daquele aluno se matriculem ali. E tratando-se de ensino superior, vai frustrar o aluno, que não se sentirá preparado para sua profissão, e também não vai indicar a nenhum amigo ou conhecido a essa instituição. Um dos grandes desafios das escolas hoje é tornar seus alunos fãs, para que eles permaneçam na instituição e tragam novos estudantes. Veja algumas dicas: